Campo Grande vive hoje grande expectativa pelo 5G, que promete melhorar a experiência com a internet. A chegada da tecnologia
era prevista para setembro, mas foi adiada. O Campo Grande News, que existe graças a internet, traz memórias de pessoas que pressionaram
o controle estatal das telecomunicações para garantir que os campo-grandenses pudessem acessar a internet por aqueles computadores de tubo brancos,
na década de 90. Tudo, por meio de linhas telefônicas.
Ninguém imaginava que, 27 anos depois, a cidade teria 70 pontos de internet gratuita para se utilizar na palma da mão, na rua mesmo, além, é claro, daquela fornecida por grandes operadores por mensalidade.
Foram essas operadoras, aliás, que acabaram engolindo o mercado de empresários pioneiros, que conseguiram montar provedores e comercializar a internet na cidade, antes, restrita apenas às universidades.
Foi tudo muito rápido. Em questão de poucos anos, empresas com maior poder de investimento compraram os primeiros provedores e, mais tarde, venderam às operadoras, que hoje dominam o mercado nacional.
O engenheiro civil Cid Castello foi um desses pioneiros. Ele criou a provedora VIP, que tinha mensalidades acessíveis, em torno de R$ 30, em valores atualizados. Mas ele não foi o primeiro.
Cid lembra que dois empresários da cidade surpreenderam o mercado ao conseguirem com a Embratel a liberação para criar um provedor.
O engenheiro, que mais tarde viria a se aprofundar no assunto, estudando Redes de Computadores, logo viu que o mercado de provedores da cidade seria “engolido”, nas palavras dele.
“Na mesma época, Marcelo Gimenez montou o provedor MS Internet. O dono do Hotel Exceler, Armando Araújo, montou a Net MS e surgiu também a ACICG Net. Algumas foram vendidas, outras deixaram o mercado.
Aí acaba a história dos provedores independentes. Grandes empresas engoliriam os pequenos e depois viriam as operadoras telefônicas. Minha empresa foi vendida para a UOL. Montei a empresa em 1995 e vendi em 1999”, conta Cid.
Associação Comercial - Entre as pioneiras, uma tinha perfil diferente. Não era uma empresa, mas uma associação. A ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), criou seu provedor a partir do empenho de Nelson Nashif e sua equipe.
Ele presidiu a entidade entre 1993 e 1996 e foi vice-presidente de 1990 a 1993. Nashif faleceu em julho deste ano.
Não foi nada fácil conseguir lançar o provedor, conforme lembra o engenheiro eletricista e consultor técnico da ACICG, na época, Zenon Lopes Rodrigues.
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